SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

PÓS-PRIVATIZAÇÃO

Uma semana depois do ciclone, quase 3 mil pontos seguem sem luz no Rio Grande do Sul

Na manhã desta quinta-feira, 20, uma semana após o ciclone extratropical que atingiu o estado, o Rio Grande do Sul ainda tinha quase 3 mil famí­lias sem luz em suas casas. Houve protestos contra a empresa privada que gere a energia no estado em Rio Grande, Pelotas e Capão do Leão.

Em março de 2021, o grupo Equatorial arrematou por apenas R$ 100 mil o braço da distribuição da Companha Estadual de Energia Elétrica (CEEE) durante leilão promovido pelo governador Eduardo Leite (PSDB). A Equatorial atende cerca de 1,8 milhão de gaúchos e gaúchas em 72 municí­pios das regiões Metropolitana de Porto Alegre, Sul, Centro-Sul, Campanha, Litoral Norte e Litoral Sul.

Mil trabalhadores demitidos e piora no serviço

Conforme o presidente do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Antonio Silveira, a Equatorial, que segue utilizando a marca CEEE, piorou o atendimento da população e é mal vista em outros estados, onde também adquiriu estatais na farra das privatizações dos governos entreguistas . O sindicalista conta que a Equatorial, depois da privatização da CEEE, se livrou de mais de 1.000 trabalhadores e hoje restam somente uns 600 oriundos da antiga empresa pública .

RS chegou a ter 715 mil pontos sem energia na área da Equatorial

O ciclone extratropical verificado entre quarta e quinta-feira, dias 12 e 13, deixou 715 mil pontos sem energia na área de concessão da Equatorial. No domingo, 16, uma manifestação bloqueou completamente o trânsito no km 0 da BR 392, em Rio Grande, na zona Sul do Estado. Moradores do bairro Santa Tereza protestaram contra a falta de energia na região. Moradores queimaram objetos sobre a pista, cobrando uma solução da Equatorial. A população reclamou que a falta de luz causou inúmeros transtornos, incluindo a perda de alimentos e a impossibilidade de realizar atividades cotidianas. Quatro dias depois, na manhã desta quinta, 2,8 mil clientes continuavam no escuro no estado.

Com informações da CUT/RS