SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

PATRIMÔNIO PÚBLICO

Trensurb será retirada do programa de privatizações

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que a Trensurb será retirada da lista de empresas que constam no Programa Nacional de Desestatização (PND) para serem privatizadas. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Miguel Rossetto (PT), que participou de reunião com o ministro e deputadas e deputados gaúchos nessa terça-feira, 23.

Os trabalhadores e as trabalhadoras da Trensurb, organizados no Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul, estavam em estado de greve e, realizaram paralisação de 24 horas dia 8 de maio, pela retirada da empresa do plano de privatizações e pelo cumprimento, pela Trensurb, do último acordo coletivo de trabalho (ATC). Nova mobilização aconteceu nessa terça-feira, 23, Dia Nacional de Lutas contra as Privatizações, Concessões e Terceirizações. Conforme o Sindimetrô, a reunião com o ministro atende a uma demanda antiga do setor.

Em 2022, a Trensurb transportou 31,998 milhões de passageiros, uma média diária de 107 mil pessoas. O custo total da operação no ano passado foi de R$ 245 milhões, dos quais R$ 126 milhões são oriundos da tarifa cobrada do usuário, sendo o restante subsidiado pelo governo federal. Atualmente, a tarifa do trem é de R$ 4,50. A tarifa só é possí­vel porque o governo federal subsidia metade do custo , disse Rossetto ao Sul21.

Para o deputado, um eventual fim do subsí­dio em consequência da privatização aprofundaria a crise do transporte coletivo na Região Metropolitana de Porto Alegre, uma vez que estimativas indicam que a tarifa poderia passar de R$ 10. O que seria criminoso com a população, por isso estamos comemorando a manutenção da empresa pública federal , afirma.

Empresas retiradas da lista de privatização

Em abril, o governo Lula já havia retirado sete estatais da lista de privatizações criada pelo governo Bolsonaro. Lula (PT) afirmou que não irá privatizar nenhuma empresa estatal em seu mandato.

Foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização (PND): Correios, Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF), Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).

Três empresas foram retiradas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI): a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A.Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras).

Com informações de Sul21 e Correio do Povo