SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

VIOLÊNCIA

Trabalhador é morto em São Leopoldo após tomar café fora do horário determinado

Um metalúrgico foi morto dentro da empresa de revestimentos industriais Sulcromo, em São Leopoldo, nessa segunda-feira, 6. Segundo a Polí­cia Civil, o motivo da discussão que levou ao assassinato foi o agredido não respeitar o horário determinado para tomar café. A ví­tima e o autor do crime já haviam discutido na semana anterior por esse motivo, disseram os colegas aos jornais locais.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) divulgou nota criticando as condições de trabalho na empresa, que estimulariam a violência. A nota exige apuração do crime. A empresa tem histórico más condições de trabalho, inclusive com diversas denúncias feitas ao Sindicato, como problemas na insalubridade, perfuração de septo nasal pelo trabalho em cromo e carga horária de trabalho excessiva , diz trecho da nota. No texto, o sindicato exige que o crime seja apurado e esclarecido. Sabemos que onde não há condições dignas de trabalho, o ambiente, por si só, torna-se insalubre e prejudicial a vida dos trabalhadores. É imprescindí­vel que as empresas garantem um ambiente seguro para a vida das pessoas .

Um trabalhador da empresa que não quis se identificar para a imprensa local disse que a briga entre ví­tima e o autor do crime começou com brincadeiras entre eles que acabou sendo mal interpretada por uma das partes.

A ví­tima

Marcelo Camilo, 36 anos, chegou ao Hospital da Unimed com um ferimento no coração causado por duas perfurações de objeto cortante e sofreu três paradas cardí­acas antes de morrer. Os ferimentos teriam sido causados por uma espécie de chave.

O suspeito

O principal suspeito de ter cometido o crime, que não teve sua identidade revelada, fugiu da sala onde ambos estavam sem socorrer o colega e é procurado pela polí­cia. Um diretor da empresa disse à reportagem do G1 que ele era operador, tinha mais tempo de casa e era considerado um “bom profissional”.

Editado por Sintrajufe/RS; fonte: CUT, com informações do portal G1.