SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

APÓS GREVE

Presidente do Sindicato dos Metroviários de SP é ameaçada de morte

A presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, vem recebendo ameaças de morte de perfis de extrema direita pela internet. As ameaças começaram após a greve da categoria, que encurralou o governador do estado, Tarcí­sio de Freitas (Republicanos), e o obrigou a aceitar parte das reivindicações da categoria.

Do dia 24 de março até a última segunda-feira, 27, Camila recebeu três ameaças de morte em mensagens particulares via Instagram. Além disso, imagens de dirigentes do sindicato atuando na greve e seus perfis em redes sociais foram divulgados em grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), com xingamentos e mensagens de ódio contra a greve, a entidade sindical e seus dirigentes.

Em nota, o sindicato diz que as ameaças de morte à presidente da entidade revelam grave conteúdo misógino e racista, caracterí­stico da extrema direita e do ódio polí­tico que tomou conta do paí­s nos últimos anos. Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre , diz a nota. O texto é concluí­do explicando que as medidas jurí­dicas e de segurança já estão sendo tomadas. Mas, é necessário que todo o movimento social e democrático repudie veementemente esta prática. Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos .

Veja abaixo a nota completa do Sindicato dos Metroviários de SP:

Depois da greve que encurralou Tarcí­sio de Freitas, Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários SP, recebe ameaças de morte de perfis de extrema direita pela internet

A poderosa greve que colocou o tema da catraca livre na ordem do dia, e escancarou a mentira do governador Tarcí­sio de Freitas, gerou uma sequência de ataques da extrema direita ao Sindicato dos Metroviários e a alguns de seus dirigentes.

Do dia 24 de março para cá, a presidenta do Sindicato recebeu três ameaças de mortes em mensagens particulares via Instagram. Além disso, imagens de dirigentes do Sindicato atuando na greve e perfis das redes sociais dos mesmos foram veiculados em grupos bolsonaristas, com xingamentos e mensagens de ódio contra a greve, a entidade sindical e seus dirigentes.

As ameaças de morte à presidenta da entidade revelam grave conteúdo misógino (ódio a mulheres) e racista, caracterí­stico da extrema direita, do ódio polí­tico que tomou conta do paí­s nos últimos anos e que matou Marielle Franco.

Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre.

As medidas jurí­dicas e de segurança já estão sendo tomadas. Mas, é necessário que todo o movimento social e democrático repudie veementemente esta prática. Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos.