SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

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Na semana do congelamento dos civis até 2021, Defesa cria comissão para reajuste periódico para militares

A portaria 42/GM-MD, publicada nesta terça-feira, 5, no Diário Oficial da União, institui a Comissão Permanente de Remuneração dos Militares. A portaria é assinada pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e tem, entre suas competências, assessorar nos assuntos relativos à remuneração e aos proventos dos militares das Forças Armadas e pensionistas.

A comissão foi criada justamente no momento em que o governo Bolsonaro apresenta medidas de congelamento de salários de servidoras e servidores civis da União, de estados e municí­pios. Também é importante lembrar que, embora a reforma na Previdência dos militares tenha trazido algumas mudanças, como aumento em cinco anos do tempo de contribuição e desconto para pensionistas que antes não contribuí­am com a Previdência, há uma evidente diferença de tratamento no funcionalismo, entre o que usam e os que não usam farda. 

A comissão produzirá estudos que auxiliem nas tratativas de reajustes periódicos de militares e pensionistas. Também fará a análise e o acompanhamento de propostas legislativas nesse sentido, além de tratar com representantes da área econômica e outros órgãos e fazer propostas à Lei de Diretrizes Orçamentárias e à Lei Orçamentária Anual

Entre as diretrizes a serem observadas pela comissão, estão as seguintes: aperfeiçoar, continuamente a remuneração de militares e pensionistas; e implementar uma polí­tica de remuneração que se ajuste ao aperfeiçoamento profissional e, segundo o texto, torne a carreira militar competitiva em comparação com outras carreiras tí­picas de Estado. Também há a proposta de um estudo que torne a remuneração composta por partes variáveis que incentivem a capacitação e sirvam como fator de distinção. A comissão também deverá analisar a chamada disponibilidade permanente , uma vez que os militares consideram que estão disponí­veis 24 horas por dia, mas não podem reivindicar remuneração extra por isso.