SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

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Mil fechadas, 11 mil demissões em 2020: e se a política de fechamento de agências dos bancos fosse aplicada no serviço público?

Conforme o Sintrajufe/RS noticiou nessa quinta-feira, 4, os três principais bancos privados do país registraram lucro de mais de R$ 50 bilhões em 2020. Apenas no quarto trimestre do ano passado, em meio à pandemia, o Bradesco teve lucro de R$ 6,8 bilhões, o maior resultado da história do banco. Para os bancos lucrarem, quem perde é a população: a política do fechamento de agências e da demissão de trabalhadores e trabalhadoras libera recursos para enriquecer os banqueiros.

Em 2020, em meio a R$ 51,8 bilhões em lucros, Itaú, Bradesco e Santander fecharam cerca de mil agências e demitiram mais de 11 mil trabalhadores e trabalhadoras, conforme o Sindicato dos Bancários do Espírito Santo. Essa é a política que, como denunciou o Sintrajufe/RS, os banqueiros defendem para os serviços públicos, no que são ecoados pelo governo Bolsonaro e pelos presidentes do Legislativo.

É a política que o governo começa a aplicar no Banco do Brasil, para onde estão previstas 5 mil demissões e o fechamento de 361 unidades em todo o país. A população perde acesso ao banco, servidores e servidoras perdem seus empregos para liberar mais recursos a serem destinados aos banqueiros, pela via da dívida pública.

Nos serviços públicos, com a reforma administrativa, a PEC Emergencial (186/2019) e outras medidas, a agenda dos bancos privados passará a trazer prejuízos à população em todas as áreas. Fechamentos de postos de saúde e escolas, demissão de profissionais da saúde e da educação, são as consequências mais diretas, o mesmo valendo, por exemplo, para o acesso à Justiça. Transformar o setor público em um braço do setor privado, aplicando naquele as mesmas lógicas deste, interessa apenas a quem quer fazer dos direitos mais básicos da população objeto de lucro.