SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

SÃO PAULO

Mais de 20 mil servidores de paulistanos decretam continuidade da greve contra mudanças na previdência municipal; manifestação também contra PEC 32

Em assembleia realizada na tarde dessa terça-feira, 19, mais de 20 mil servidores e servidoras, em ato em frente à Câmara Municipal de São Paulo, aprovaram por maioria a manutenção da greve por tempo indeterminado. O objetivo é barrar o projeto (PLO 7/2021) que institui o Sampaprev2. Nesta quarta-feira, 20, a partir das 14h, fizeram novo protesto. A assembleia decidiu, ainda, realizar ato unificado em 28 de outubro, Dia do Servidor Público, contra a reforma administrativa (PEC 32/2020) e pelo “Fora Bolsonaro”.

A greve começou no dia 15, contra o projeto de reforma da previdência. Encaminhado à Câmara pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), o texto foi aprovado em primeira votação no dia 14.

Segundo o vice-presidente do sindicato dos servidores (Sindsep), João Gabriel Buonavita, as trabalhadoras e os trabalhadores estão revoltados com a “tratoragem” do governo Nunes, liderada pelo presidente da Câmara, Milton Leite (DEM). “Tentam a todo custo impedir debates que possam apontar que as medidas apresentadas vão impactar a vida dos servidores e criar novos problemas para a cidade e para a população de São Paulo.”

Audiências públicas

Os servidores e as servidoras querem audiências públicas sobre o tema. O Sampaprev2 aplica as regras da reforma da Previdência de 2019 ao Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos (RPPS).

De acordo com o Sindsep, o projeto de Ricardo Nunes aumenta para 14% a alíquota de desconto sobre salários de servidores, aposentadorias e pensões. Além disso, retira outros direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras municipais. João Gabriel relata que os servidores adoecidos, por exemplo, perderão suas férias.

Ainda segundo ele, os salários de cargos políticos, os comissionados, serão duplicados. “Uma série de medidas que vão impactar o serviço público. Estamos aqui para defender os direitos dos servidores, da população, do serviço público de qualidade para todos”, ressalta o vice-presidente do Sindsep.

Com a greve e a mobilização, os servidores e as servidoras querem pressionar o Legislativo paulistano e reverter os votos favoráveis ao Sampaprev 2. A segunda votação na Câmara dos Vereadores deve ocorrer em meados de novembro. Se for novamente aprovado, o projeto seguirá para sanção do prefeito.

Fonte: CUT Brasil