SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

ATENTADO

Grávida, advogada que atua em defesa de mulheres tem carro incendiado em Pelotas

A advogada Laura Cardoso, que atua na defesa de mulheres em casos que envolvem, por exemplo, feminicí­dio e violência doméstica, teve o carro incendiado em um atentado na noite de domingo, 19, em frente ao prédio onde mora, em Pelotas. A advogada, que está com 39 semanas de gestação, disse que se sente muito abalada e que o ataque foi uma tentativa de silenciá-la com relação ao seu trabalho.

“Trabalhar com perspectiva de gênero e violência contra a mulher não é fácil. A gente sabe que enfrenta o sistema, mas acho que a gente não dimensiona como isso pode afetar nossa vida, nossa famí­lia e que pode ganhar proporções muito maiores do que a gente pode imaginar”, disse, Laura, chorando, em ví­deo publicado em uma rede social nessa segunda-feira, 20.

Um vizinho de Laura alertou sobre o atentado após ouvir o barulho dos vidros do carro sendo quebrados. O homem desceu do apartamento e apagou o incêndio usando um extintor. Após conversar com vizinhos de estabelecimentos próximos ao condomí­nio onde mora, Laura soube que dois homens foram avistados em uma motocicleta, portando martelo e galão de gasolina. A suspeita é de que eles tenham sido os responsáveis pelo incêndio que destruiu o automóvel. Nada foi roubado.

“Eu não vou parar o que eu estou fazendo. Eu sei que meu trabalho é importante para outras mulheres e o que aconteceu não vai me amedrontar , afirmou Laura Cardoso. Ela considera que, se fosse o atentado tivesse ocorrido em outro momento, estaria abalada, mas não tão abalada quanto estou agora. Já é cruel demais um atentado contra uma mulher no exercí­cio de sua profissão, ou qualquer mulher, mas contra uma mulher grávida de 39 semanas é muito desumano. É muito cruel. Mas eu ainda acredito na força do amor. O amor é revolucionário, eu sei a importância do meu trabalho e vou continuar fazendo”, garantiu.

O caso está sendo investigado pela Polí­cia Civil; os criminosos ainda não foram localizados. A OAB solicitou medida protetiva à ví­tima, mas não foi aceita. Mesmo assim, a Brigada Militar colocou o endereço da advogada como local de risco, e equipes estão fazendo ronda, assim como fazem com bancos e pontos com potencial de alguma ocorrência.

Como procurar ajuda

As ví­timas ou aqueles que presenciam algum tipo de violência contra a mulher podem denunciar pelo Disque 180, pelo WhatsApp da Polí­cia Civil (51) 98444-0606 ou por meio da Delegacia Online da Mulher. A Polí­cia Civil do RS tem 86 unidades especializadas no atendimento.

Sintrajufe/RS oferece suporte e apoio a colegas que sofrerem assédio no Judiciário Federal e MPU no RS

O Sintrajufe/RS disponibiliza atendimento para as e os colegas que sofrerem assédio moral e/ou sexual. Além da participação de representantes da categoria nas comissões de combate ao assédio nos órgãos, o sindicato mantém atendimento interdisciplinar para casos assim. É importante a denúncia pelas ví­timas não só para a punição do assediador, mas também para que outras pessoas se sintam encorajadas a fazê-lo.


Veja abaixo os canais para obter suporte da Saúde e do Jurí­dico do Sintrajufe/RS:

E-mail: [email protected] ou [email protected]
Telefone fixo: (51) 3235-1977
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Telefone celular e Whatsapp (Plantão da SSRT): (51) 99568-2078

Com informações de Fórum e GZH.