Em meio a crescentes protestos pelo fim do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a luta contra a reforma administrativa continua. Nas últimas manifestações que vêm ocorrendo em todo o país, o combate à reforma (PEC 32/2020) aparece sempre em cartazes e faixas, mas essa pauta será, agora, o centro de uma mobilização nacional convocada pelas centrais sindicais. Para o dia 18 de agosto, está indicada uma paralisação dos servidores e servidoras de todo o Brasil contra a reforma e em defesa dos serviços públicos.
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A convocação partiu do Fórum das Centrais Sindicais e deverá ser confirmada no Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público, que acontece nos dias 29 e 30 de julho, via internet. A atividade terá como foco justamente o debate e a construção da continuidade das mobilizações para derrotar a reforma administrativa, incluindo o dia de paralisação. O Encontro é parte de uma agenda definida pelo Fórum no início de julho, quando as entidades divulgaram nota pública sobre a reforma administrativa e detalharam um calendário de ações.
O Encontro também terá a organização de outras ações de pressão na luta contra a reforma, como as atividades nos redutos eleitorais de deputados e deputadas. O Sintrajufe/RS já começou a realizar esse tipo de ação: no dia 16 de julho, o sindicato participou, na cidade de Santa Rosa, de ato público em frente ao escritório político do deputado Osmar Terra (MDB). O mesmo tipo de atividade será repetida nos próximos dias com outros parlamentares.
Programação
No dia 29, a programação do Encontro tem início às 19h e será transmitida de forma pública, na página do Facebook e no canal do Youtube da campanha Contra a PEC 32 . Acesse AQUI. Já para participar da atividade do dia 30, é preciso realizar inscrição preenchendo o cadastro disponível AQUI. Nesse segundo dia de Encontro, a programação começa às 9h, pela plataforma Zoom. O link de acesso será enviado por e-mail e pelo Whatsapp nos contatos disponibilizados pelo ou pela participante no ato de inscrição.
Tramitação da PEC será retomada em agosto
Depois do recesso parlamentar, que acaba no dia 1º de agosto, a PEC volta a ser analisada por uma comissão especial da Câmara. A proposta é o eixo principal da luta dos servidores porque não só destrói as carreiras dos trabalhadores como destrói o serviço público em si, afetando toda a população, em especial a mais pobre, que depende dos serviços públicos. A reforma acaba com a estabilidade dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, amplia a possibilidade de contratação em cargos comissionados e abre caminho para a prestação de serviços pela iniciativa privada em áreas essenciais como saúde, educação, segurança e saneamento, que deveriam ser prestados pelo Estado.
Com informações da CUT/RS.