SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

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Equipe de Guedes estuda “cortar gordura” suspendendo auxílio-alimentação de servidores

A equipe econômica, chefiada por Paulo Guedes, está mirando mais uma vez em servidores e servidoras para “cortar gordura”. E uma das propostas em estudo é suspender o pagamento de vale-alimentação de quem ganha mais de três salários mínimos.

A “economia” iria para o financiamento do programa social que o governo deve implementar em substituição ao Bolsa Família. Com o argumento de Jair Bolsonaro (sem partido) de que não dá para “tirar do pobre para dar ao paupérrimo”, os defensores de corte de gastos avaliam que há espaço para reduzir custos com o funcionalismo. Isso inclui o auxílio-alimentação, que representa um custo de R$ 4,3 bilhões, somando os três poderes da União. Uma das ideias que circularam é suspender o auxílio para quem ganha acima de três salários mínimos, ou seja, R$ 3.135,00.

Como tem feito desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro e sua equipe, novamente, falseiam a realidade e colocam o funcionalismo em oposição aos investimentos. Desta vez, como empecilho para um programa de renda à parcela mais vulnerável da população, que é a mais atingida pela pandemia do novo coronavírus e pela precarização do emprego (aliás, defendida por Bolsonaro). A proposta foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo poucos dias após o governo, depois de receber muitas críticas, voltar atrás na ideia de congelar as aposentadorias para custear o mesmo programa.

Na proposta de orçamento para 2021, Jair Bolsonaro (sem partido) não mostrou estar preocupado com áreas essenciais, justamente as que atendem os “pobres” e “paupérrimos” por ele citados. Exemplo disso é que o governo quer diminuir as verbas da saúde (menos 8,61%) e da educação (menos 12,13%) e aumentar o dinheiro para os militares em 16,16%.

Sintrajufe/RS, com informação de O Estado de S. Paulo.