O Sintrajufe/RS reuniu-se nesta quarta-feira, 14, com o vice-presidente do TRF4, desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, para tratar das medidas do tribunal frente à pandemia. O sindicato voltou a defender a continuidade do trabalho remoto, posição que está sendo apresentada também aos demais integrantes do Conselho de Administração do TRF4. Para os casos em que o retorno ao trabalho presencial é estritamente necessário, o Sintrajufe/RS apontou a necessidade de testagem com todos os servidores envolvidos.
Participaram da reunião, representando o Sintrajufe/RS, a diretora Clarice Camargo e os diretores Fabrício Loguércio, Marcelo Carlini e Zé Oliveira. Além do vice-presidente do TRF4, participou também, por parte da administração, o juiz federal Loraci Flores de Lima, auxiliar da vice-Presidência.
O diretor Zé Oliveira abriu a reunião expondo a posição que o sindicato tem defendido junto a todas as administrações: a manutenção do trabalho remoto como medida necessária para preservar vidas. No TRF4, porém, foi determinado o retorno ao trabalho presencial. Por isso, explicou o diretor, o sindicato está buscando os membros do Conselho de Administração do tribunal e argumentando que não há condições seguras para a volta. Além disso, o diretor Marcelo Carlini registrou que, nos casos em que o retorno se faz necessário por conta de eventuais urgências e impossibilidade de realização de trabalho remoto, o sindicato defende a testagem de todos os servidores e servidoras envolvidos no trabalho presencial.
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O diretor Fabrício Loguércio complementou defendendo que setores que não têm necessidade de trabalho presencial não têm motivo para retornar. Ao mesmo tempo, ressaltou, o trabalho continua sendo feito remotamente, posição sublinhada também, em seguida, pela diretora Clarice Camargo. Ela também apontou que o mais razoável é preparar a volta apenas para o ano que vem, aguardando um cenário de maior segurança para todos e todas, o que não há neste momento.
Os representantes do sindicato citaram, por fim, a ação judicial, movida pelo Sintrajufe, contra a Resolução 47, editada pelo presidente do TRF4, desembargador Victor Luiz dos Santos Laus.
O desembargador admitiu que, a rigor , nenhum setor do tribunal teria necessidade de retornar, mas advertiu que é preciso estabelecer parâmetros para determinar a volta. Os sindicalistas defenderam que o retorno ao trabalho presencial só pode ser dar com a pandemia efetivamente controlada e com os números em queda constante por 14 dias, posição defendida nos documentos protocolados, nos últimos meses, junto ao presidente do Tribunal.
O juiz auxiliar afirmou que há casos de prejuízos aos jurisdicionados por conta da falta do trabalho presencial. Ele questionou como está a produtividade com o trabalho remoto, sendo respondido, pelos representantes do Sintrajufe/RS, no sentido de que o próprio tribunal tem divulgado números positivos nesse sentido, com a manutenção da maior parte do trabalho. O diretor Marcelo Carlini reforçou que o sindicato também se preocupa com os jurisdicionados, mas que o retorno precisa ser feito com segurança tanto para os trabalhadores quanto para quem precisa dos serviços.
Assim, o sindicato defendeu, uma vez mais, a suspensão da resolução que determinou o retorno e a testagem de quem precisar voltar neste momento. O desembargador Aurvalle falou, ao final, que registrou as ponderações do sindicato e que as analisará quando do debate no Conselho de Administração do tribunal.