SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

URGENTE

Direto de Brasília, Sintrajufe/RS traz informações sobre reunião da Fenajufe e entidades de servidores com equipe de transição do governo Lula: na pauta, reposição salarial e reforma administrativa

O Sintrajufe/RS está em Brasília nesta semana para acompanhar as discussões em torno da necessidade de aprovação dos projetos de lei de revisão salarial do Judiciário Federal (PL 2441/20222) e do Ministério Público da União (PL 2442/2022) entre outras pautas da categoria. No início da tarde desta terça-feira, 6, reunião de entidades sindicais com a equipe de transição do novo governo Lula (PT) trouxe sinalizações importantes para o funcionalismo. A busca dos sindicatos é que os recursos necessários sejam garantidos no Orçamento de 2023 e os PLs sejam aprovados ainda neste ano. A delegação conta com o diretor Marcelo Carlini, as colegas Neusa Maria da Silva (aposentada da JT de Osório) e Tania Vieira Marra Bonato (da JE de Porto Alegre) e o colega Marco Aurelio Abenserrage (aposentado da JT de Porto Alegre).

A Fenajufe, centrais sindicais e as demais entidades nacionais de servidores reuniram-se com os GTs de Trabalho e de Orçamento e Gestão da equipe de transição do novo governo na tarde dessa terça-feira, 22. O objetivo foi discutir questões urgentes para os servidores públicos federais, como a reposição salarial e o arquivamento da reforma administrativa (PEC 32/2020). O encontro aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil, na capital federal.


O diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini conversou, logo após a reunião, com os sindicalistas que estiveram no encontro. Para Carlini, as informações são positivas, com “forte possibilidade de votação dos PLs do reajuste ainda em 2022”. Ao mesmo tempo, o dirigente avalia que “o futuro dos servidores do Judiciário está ligado ao dos servidores do Executivo”, de forma que “a luta unificada, a articulação unificada, pode abrir a via para a aprovação da reposição de ao menos parte das perdas, que já são de 30% no governo Bolsonaro”. Assim, o Sintrajufe/RS continua com a política de alerta total para defender a votação e aprovação ainda neste ano das reposições salariais do funcionalismo.


Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que esteve na reunião, também entendeu o resultado do encontro como “sinalizações positivas”. Ele defende que “é necessário que o governo Lula faça a revogação de todos os entulhos do Bolsonaro”. Entre as questões mais urgentes, o dirigente também destaca a regulação da negociação coletiva no setor público e a instalação de mesas de negociação “para que a gente trate os temas que estão represados desde o golpe de 2016”. Para ele, a reunião demonstra que “a partir do ano que vem vamos ter diálogo, vamos ter debate sobre administração pública, sobre políticas públicas, sobre servidores”. Em relação à reposição salarial, explica, a recomendação é de que o funcionalismo atue com suas entidades junto ao relator do orçamento e à Comissão Mista do Orçamento, já que devem sobrar recursos por conta da PEC da Transição (PEC do Bolsa Família).


O coordenador da Fenajufe Fabiano dos Santos também esteve na reunião. Ele avalia que “recebemos sinalizações importantíssimas para os próximos passos da nossa mobilização e da disponibilidade de avançarmos com a negociação coletiva, com a reposição salarial do funcionalismo e com a revogação de uma série de medidas que são prejudiciais aos serviços públicos”. Entre essas sinalizações, a de não avanço da lógica colocada na PEC 32, da privatização dos serviços públicos. Fabiano também reforça que as sobras orçamentárias que podem se originar da PEC do Bolsa Família podem contemplar o funcionalismo público federal e, por isso, é importante que as entidades e categorias se mantenham atentas às movimentações no Congresso.


O Sintrajufe/RS continuará em Brasília até a próxima sexta-feira, com previsão de voltar à capital federal na semana seguinte. A direção do sindicato organizou um regime de plantão para que, mesmo após o recesso, a entidade siga acompanhando as movimentações em torno do orçamento, da reposição salarial e do veto ao NS.