Instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado todo ano em 5 de junho. No Brasil, sob o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Paulo Guedes e Ricardo Salles, trilhamos um caminho catastrófico: a destruição não conhece limites e a intenção, manifesta pelo próprio ministro Salles, é fazer “passar a boiada” e acabar com as proteções ambientais.
O esvaziamento de órgãos de proteção ambiental, a interferência indevida em outros órgãos e instituições pelos interesses do agronegócio, a tentativa de alterar ou mesmo contornar a legislação são marcas do atual governo nas políticas ambientais, como em tantas outras. O enorme aumento do desmatamento na Amazônia, as queimadas, vazamentos de óleo e outros desastres são os primeiros e mais visíveis resultados dessas políticas. Mas ela também gera consequências para todo o planeta no médio e no longo prazo, além de desalojar e prejudicar as condições de vida de diversos segmentos da população, como os povos indígenas e os ribeirinhos.
Em abril de 2020, o aumento da área desmatada na Amazônia foi de 171% em relação ao mesmo período de 2019. Trata-se do maior desmatamento da região em 10 anos, com 529 km² da floresta derrubada, conforme dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Considerando o período de janeiro a abril de 2020, o desmatamento acumulado é de 1.073 km², o que representa um aumento de 133% em relação ao mesmo período de 2019, quando o desmatamento totalizou 460 km².
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, o momento é de preocupação e de alerta total. Bolsonaro é uma ameaça para a natureza e para a maioria da população brasileira. Acabar com essa lógica é a única possibilidade para quem defende um presente e um futuro melhor para os trabalhadores e as trabalhadoras e para o país e o planeta que habitamos.
