SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

PANDEMIA

Desligamentos por morte disparam em todo o paí­s; no setor público, aumento é de 100%

O Departamento Intersindical de Estatí­stica e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, na última semana, relatório a respeito dos desligamentos por morte no Brasil. Há, como demonstra o estudo, grande crescimento em todo o paí­s e em boa parte das áreas de atuação, com números piores nos setores da economia que seguiram sempre em trabalho presencial e exposto a mais riscos durante a pandemia do novo coronaví­rus.

O relatório do Dieese compara os números do primeiro trimestre de 2021 com o mesmo perí­odo de 2020. Nessa comparação, os desligamentos por morte de emprego celetista cresceram 71,6%. No Rio Grande do Sul, o crescimento foi de 99,8%, de 834 (1º trimestre de 2020) para 1.666 (1º trimestre de 2021).

O Dieese também recortou os dados por setor da economia, a partir das delimitações do IBGE. Entre os médicos,os desligamentos por morte triplicaram e entre os enfermeiros, duplicaram. Nas atividades de atenção à saúde humana em geral, o crescimento foi de 75,9%. Na educação, o crescimento foi de 106,7% e em transporte, armazenagem e correio, de 95,2%. No setor denominado Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, que inclui servidores e servidoras, o crescimento foi de 100%, passando de 268 desligamentos por morte no primeiro trimestre de 2020 para 536 no mesmo perí­odo de 2021.

Esses números, assustadores, referem-se apenas aos brasileiros e brasileiras celetistas. Na informalidade ou no desemprego, milhares de trabalhadores e trabalhadoras perderam a vida no último ano sem entrar nessas estatí­sticas. Resultado da polí­tica genocida do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que não construiu polí­ticas de enfrentamento à pandemia nem no setor sanitário, nem no setor econômico, abandonando o povo à própria sorte e tendo como saldo, neste momento, quase 500 mil mortes oficiais.

Veja AQUI a í­ntegra do relatório do Dieese.