SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

COMIDA MAIS CARA

Cesta básica de Porto Alegre tem aumento de 5,51% em um mês e já exige 65% do salário mí­nimo para comprar produtos

O Departamento Intersindical de Estatí­stica e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta quarta-feira, 6, estudo sobre o valor da cesta básica. Em Porto Alegre, a alta no mês de março foi de 5,51%. Agora, um trabalhador ou trabalhadora precisa usar 65,5% do salário mí­nimo vigente para adquirir os produtos da cesta.

O estudo aponta que o custo da cesta básica subiu em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As altas mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%), São Paulo (6,36%) e Campo Grande (5,51%). A menor variação foi registrada em Salvador (1,46%). São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 761,19) em março, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 750,71), por Florianópolis (R$ 745,47) e Porto Alegre (R$ 734,28). A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre março de 2022 e março de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço.

Em Porto Alegre, a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta básica chegou a 133 horas e 17 minutos. Nesse cenário, o salário mí­nimo necessário, estimado pelo Dieese, seria de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o mí­nimo de R$ 1.212,00. Dentre os produtos que mais subiram na capital gaúcha no último mês estão o tomate (23,5%), o leite (9,84%) e a banana (6,6%). Nos últimos 12 meses, as maiores inflações acumuladas foram do tomate (80,86%), do café (64,69%) e do açúcar (49,5%).

Servidores acumulam perdas salariais

Para superar ao menos parcialmente esses aumentos, os servidores e as servidoras de todo o paí­s estão em meio a uma campanha salarial unificada. O Sintrajufe/RS e outras entidades representativas do funcionalismo federal, estadual e municipal vêm construindo mobilizações em diversos estados e em Brasí­lia para pressionar o governo por reposição. A reivindicação dos servidores federais é de 19,99%, o que reporia apenas as perdas referentes ao perí­odo do atual governo. Na última sexta-feira, 1º, porém, em reunião com representantes dos servidores públicos, o governo afirmou que não há disposição para negociar reposição salarial para o funcionalismo.

A mobilização segue sendo o único caminho para conseguir a reposição. Nesse sentido, o Sintrajufe/RS está convocando a categoria para o ato Bolsonaro nunca mais , marcado por sindicatos, centrais e movimentos populares para este sábado, 9, em Porto Alegre. A atividade terá iní­cio às 15h, no Largo Glênio Peres.