SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

ASSÉDIO ELEITORAL

Centrais sindicais divulgam nota contra coação eleitoral: empresários pressionam trabalhadores enquanto Bolsonaro quer reduzir o salário mí­nimo

Nove centrais sindicais divulgaram nesta sexta-feira, 21, nota pública contra o assédio eleitoral e em defesa da democracia. A nota é mais uma resposta aos quase mil casos já denunciados de coação eleitoral no contexto do pleito deste ano, com empresários pressionando e ameaçando trabalhadores para que votem no candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e não em seu oponente, Lula (PT).

Na nota, as centrais repudiam os empresários inescrupulosos que não têm compromisso com as liberdades democráticas e com a lei e exigem sua rápida responsabilização . Ainda conclama trabalhadores e trabalhadoras a que não se deixem intimidar, votem com consciência e denunciem casos de assédio eleitoral.

Veja abaixo a nota completa:

NOTA-DAS-CENTRAIS-SINDICAIS-NO-RIO-GRANDE-DO-SUL-CONTRA-O-ASSEDIO-ELEITORAL-E-EM-DEFESA-DA-DEMOCRACIA

Bolsonaro e Guedes querem reduzir o valor real do salário mí­nimo e das aposentadorias

O apoio de empresários a Bolsonaro e sua tentativa de intimidar os trabalhadores e trabalhadoras faz parte de um grande acordoformal ou informalde mútua colaboração. Isso porque, por sua parte, Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, atuam para retirar direitos dos trabalhadorese até mesmo reduzir o salário de quem trabalha.

Nesta semana, em encontro com empresários no Rio de Janeiro, Guedes foi claro: prometeu que, se Bolsonaro for reeleito, o governo irá apresentar uma proposta para desvincular o salário mí­nimo e a aposentadoria da inflação. Dessa forma, na prática, o valor real do mí­nimo e dos benefí­cios previdenciários será reduzido. Um prato cheio para a fome de lucros dos empresários, uma tragédia para os trabalhadores e as trabalhadoras.

Quase mil denúncias de coação eleitoral

Relatório divulgado pelo Ministério Público do Trabalho nessa quinta-feira, 20, mostra como seguem crescendo exponencialmente as denúncias de coação eleitoral, com empresários tentando forçar os empregados de suas empresas a votarem em Bolsonaro. Faltando 10 dias para a realização do segundo turno, a quantidade de denúncias saltou para 903, relacionadas a 750 empresas de todo o paí­s. O aumento de relatos de irregularidades é de 325% em relação a 2018, enquanto o de patrões denunciados é de 665%.

Assédio eleitoral é crime! Centrais sindicais disponibilizam formulário online para denúncias

Frente a esse cenário, nove centrais sindicais produziram e estão divulgando um folheto sobre o tema, explicando que a prática é um crime previsto na legislação brasileira e dando informações sobre como e onde os trabalhadores e as trabalhadoras podem denunciar. A orientação principal é que esses casos devem ser levados aos sindicatos que representam o trabalhador ou a trabalhadora, de forma que a entidade possa atuar no combate ao problema.

Veja abaixo ou faça AQUI o download do panfleto.

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Na última semana, as centrais sindicais também disponibilizaram um formulário online para denunciar novos casos. O texto que introduz o formulário adverte: Com a definição do 2º turno das eleições entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), no próximo dia 30, alguns patrões aumentaram a pressão sobre os trabalhadores e trabalhadoras para que votem em seu candidato. Alguns empresários ameaçam com demissões, outros prometem prêmios em dinheiro. Isso é crime! Denuncie . Não é necessário identificar-se para realizar a denúncia.

Acesse AQUI o formulário.