No mês de outubro acontecem diversas ações de conscientização sobre o câncer de mama. Isso porque o dia 19 deste mês é o Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama, instituído no início da década de 1990. Essas ações objetivam estimular práticas que levem à prevenção e ao diagnóstico precoce, facilitando, assim, o enfrentamento da doença.
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Conforme pesquisa da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), uma a cada quatro mulheres que têm um caso de câncer diagnosticado têm câncer de mama, representando 24,2% do total. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país. Com uma taxa de 13,68 óbitos/100 mil mulheres em 2015, a mortalidade por câncer de mama (ajustada pela população mundial) apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. Muitos casos foram agravados na pandemia, devido ao afastamento das pessoas e das medidas de restrição ao atendimento assumidas neste período, resultando em detecção em fases mais avançadas da doença.
Para aumentar a chance de cura, é muito importante a prevenção e o diagnóstico precoce. Mas uma coisa é diferente da outra.
O autoexame continua sendo importante, já que, através dele, as mulheres podem detectar sintomas que levem ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Mas é fundamental prestar atenção aos hábitos de vida, realizando exercícios físicos regulares e cuidando da alimentação, além da realização de mamografias (radiografias da mama) e de ecografias mamárias de acordo com o histórico de cada paciente, o que deve ser avaliado e indicado em consultório de ginecologia, já que a idade e a frequência desses exames também é variável para cada caso.
Em casos em que haja histórico de câncer de qualquer tipo na família, os exames devem começar mais cedo e sua regularidade pode ser de até 6 em 6 meses, mas o mais comum são exames anuais ou de dois em dois anos.
A prevenção é muito importante, porque se o câncer de mama é detectado precocemente, em fase inicial (são 4 os estágios possíveis), a chance de cura é de 95%, índice que vai reduzindo para os demais estágios.
Uma vida saudável, com boa alimentação e exercícios regulares, também são importantes para permitir que as mulheres cheguem ao climatério e à menopausa em melhores condições de saúde, com mais qualidade de vida, minimizando os sintomas desagradáveis, como os fogachos e as sudoreses noturnas.
Sintrajufe/RS realiza roda de conversa online no dia 26 de outubro
Para discutir esse tema, o Sintrajufe/RS e outras entidades realizam uma roda de conversa online, no dia 26 de outubro, às 18h. A atividade, que é parte da Jornada Feminista Plurissindical, será pela plataforma Zoom e, para participar, basta acessar o link que estará aberto AQUI.
A atividade terá como tema a relação entre o câncer de mama, a menopausa e o impacto sobre a vida das mulheres.
Além do Sintrajufe/RS, fazem parte da organização da atividade o SindBancários/POA, o SindiBancários Litoral Norte, a Fetrafi, o Sindiágua, o Semapi/RS e o Sindipetro/RS.
Participam como mediadoras e provocadoras diretoras dessas entidades e a médica Lisiane Dossin Miotti, que tem 20 anos de experiência em todas as áreas da Saúde da Mulher. Ela é médica formada pela PUC/RS e com residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital São Lucas da PUC/RS, mastologista e primeira residente do Centro de Mama da PUC/RS, especialista em Menopausa. Miotti vive há cinco anos nos EUA onde estuda os benefícios da Ciência da Longevidade, Ciência do Bem-Estar e Ciência da Felicidade sobre o Climatério, Menopausa e Envelhecimento Positivo.
A reunião será em formato aberto e as participantes poderão pedir a palavra para comentários e perguntas.