SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

BOLSONARO É O RESPONSÁVEL

400 mil mortos: testes parados e vacinas a conta-gotas

O Brasil chegou ao “número” de 400 mil pessoas que perderam a vida pela pandemia. Essa tragédia poderia ter sido evitada se não fosse a negativa do governo em testar em massa a população, garantir a vacinação e investir nos serviços públicos. O que ele fez foi exatamente o contrário. Bolsonaro (sem partido) falava em 5 mil mortos (como se fosse pouco), negou a gravidade da doença, garroteou os serviços públicos com o congelamento do orçamento e praticamente condenou a realização de concursos e nomeações com a recém-aprovada emenda constitucional 109/2021, pela maioria do Congresso. Agora, Bolsonaro e Guedes se esforçam para aprovar a PEC 32, da reforma administrativa, para liquidar serviços básicos com a saúde e a educação.

“Todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 (…) não há capacidade de investimento para que o Estado consiga acompanhar”, “todo mundo vai procurar serviço público, e não há capacidade instalada no setor público para isso. Vai ser impossível”, “Você é pobre, você tá doente, tá aqui seu ‘voucher’”. Essas e outras manifestações do ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, não escondem suas reais intenções: acabar com o serviço público e implementar uma agenda de destruição e privatista.

Este governo não quer deixar pedra sobre pedra. “Eu vim para destruir”, era o que o presidente dizia e agora o faz. Provas não faltam de que este governo e os que aplicam sua política são os responsáveis pelo genocídio do povo brasileiro.

Testes parados e insuficientes

Depois de quase perder milhares de testes para Covid-19 por não conseguir distribuí-los antes do prazo de validade, o Ministério da Saúde ainda não conseguiu organizar um plano que garanta o fornecimento de novos exames. Desde outubro, a pasta promete comprar modelos mais modernos, como testes rápidos de antígeno, mas até agora não há nem mesmo dinheiro reservado para isso.

A maior parte dos exames RT-PCR, considerado “padrão ouro”, que ainda estão nos estoques federais (cerca de 2 milhões) deve vencer até o fim de maio. A expectativa da pasta, porém, é distribuí-los antes aos estados, pois a demanda por diagnósticos tem crescido.

Como revelou o Estadão, esses testes estavam prestes a perder a validade a partir de dezembro, quando havia cerca de 7 milhões de kits encalhados – o ministro era Eduardo Pazuello. Depois, os produtos tiveram a vida útil ampliada em quatro meses após aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Gestores do SUS temem que testes já enviados aos estados percam a validade nos estoques dos laboratórios centrais.

Especialistas veem falta de política eficiente de uso dos exames. Até mesmo o resultado é lento. Segundo dados do ministério, cerca de 10% das amostras levam até cinco dias para serem levadas a um laboratório de análise. Depois, são cerca de dois dias para divulgar o resultado.

Há cerca de seis meses, o ministério promete entregar 12 milhões desse tipo de exame, mas o Estadão apurou que ainda falta liberação de verba para a compra e a cotação de preços.

Vacinação patina e 2ª dose só atinge 7,5% da população

Até agora, somente 7,5% da população recebeu as duas doses prescritas pelo sistema de saúde, não há previsão de que a imunização da população brasileira ocorra ainda em 2021. Em diversas cidades o risco de as pessoas receberem somente a primeira dose e a segunda não chegar aumenta, há relatos de tumultos e indignação em frente a postos de saúde.

A CPI da Covid-19, aberta pelo STF contra a vontade do presidente do Senado requereu dados que podem comprovar o que é público, a demora da vacinação e a falta de doses é responsabilidade do governo, em primeiro lugar. Mas os cardeais do Congresso dão sinais de até onde querem chegar. O senador Tasso Jereissati (PSDB) anunciou suas intenções: “Não é o objetivo, não devemos chegar até o impeachment. Além de ser outra crise é inócuo porque CPI demora 6 meses. E depois um impeachment é pelo menos, mais 6 meses… já chegando às eleições do ano que vem. Agora, é trincar os dentes”. Ou seja, se depender deles, Bolsonaro fica.

1º de maio: dia de luta dos trabalhadores e trabalhadoras, pelo fim deste governo

O Sintrajufe/RS aprovou em assembleia esta semana a participação do ato do 1º de Maio, em Porto Alegre. Ele ocorrerá em frente à Prefeitura Municipal, das 10 às 12h.

Não faltam motivos para protestar, a unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras e a luta contra a PEC 32/2020, as privatizações e o combate à fome do povo não esperam. Este governo precisa acabar o quanto antes, somente isso pode dar fim à fome, às mortes e ao desemprego.