SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

DIA DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA

1º de Maio em Porto Alegre reafirma luta pela recuperação de direitos retirados; Sintrajufe/RS defende negociação coletiva, concursos e unidade para avançar nas conquistas

Nessa segunda-feira, 1º de maio, o Sintrajufe/RS participou, junto a centrais e outros sindicatos, da mobilização do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora em Porto Alegre. Foram centenas de presentes ao ato unificado realizado na Praça da Usina do Gasômetro, que contou com diversas apresentações culturais e destacou algumas das pautas fundamentais da classe trabalhadora neste momento no Brasil.

O ato reuniu trabalhadores e trabalhadoras dos setores público e privado. Entre as principais pautas, a atividade ressaltou a defesa do trabalho decente, da renda, dos direitos e da democracia. Também foi defendido o fim da autonomia do Banco Central e a redução da taxa de juros como forma de estimular a economia, além disso a revogação do chamado “Novo Ensino Médio” também fez parte da pauta.


Atividades culturais

Além de pronunciamentos, cinco shows musicais animaram e embalaram os participantes: Feminejas, um grupo de mulheres que canta sertanejo, o rap de Dekilograma, o rock de Alquimia Voodoo, a banda do Sindicato dos Músicos do RS e o samba do Areal do Futuro. Houve ainda esquete teatral dos “Artistas na rua pela Democracia”, lembrando os desaparecidos políticos durante o golpe militar de 1964. Uma das faixas abertas dizia: “Pelo direito à memória, à verdade e à justiça. Pela abertura irrestrita dos arquivos da ditadura”.


Unidade para lutar por direitos

A diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos, presente ao ato, destacou algumas das pautas mais importantes para as servidoras e os servidores públicos, como os concursos e a negociação coletiva, questões fundamentais para se garantir serviços públicos de qualidade para a população. Também diretora do Sintrajufe/RS, Cristina Viana lembrou a importância das mobilizações do Dia dos Trabalhadores para o conjunto da classe e, especificamente, para os servidores e as servidoras do Judiciário, com a luta para reconquistar direitos perdidos no último período e, para os trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Federal, derrotar definitivamente a reforma administrativa (PEC 32/2020). O diretor do Sintrajufe/RS Zé Oliveira, por sua vez, reforçou que é com unidade que os trabalhadores e as trabalhadoras poderão avançar a partir da derrota do governo de Jair Bolsonaro (PL) e a busca por direitos para toda a classe trabalhadora. Já o diretor Marcelo Carlini lembrou que boa parte das lutas dos servidores públicos está ligada às reivindicações do conjunto da classe trabalhadora e, nesse sentido, reafirmou a importância do ato unitário de 1º de Maio.


SP: Lula anuncia aumento de salário mínimo e faixa de isenção do IR e promete novos reajustes

O presidente Lula (PT) participou do ato do Dia do Trabalhador organizado pelas Centrais em São Paulo. Em seu pronunciamento, lembrou que, na véspera, anunciara o aumento real do salário mínimo, de de R$ 1.302 para R$ 1.320, garantindo aumento real de 2,8% em 2023: “Outra coisa que nós fizemos foi instituir outra vez o aumento real do salário mínimo acima da inflação. O trabalhador receberá além da inflação a média do crescimento do PIB, como fazíamos quando eu fui presidente até 2010, e o salário mínimo cresceu 74%. Quando o salário mínimo aumenta, quem ganha não é só o trabalhador que ganha o mínimo. Ganha o cidadão do comércio, o que vende cachorro-quente, o que vende comida. O trabalhador tendo mais dinheiro, ele compra mais”, defendeu o presidente.

Lula também destacou outra medida anunciada no dia anterior: o aumento da taxa de isenção do Imposto de Renda, de R$ 1.903 para R$ 2.640 mensais. O presidente também reforçou a promessa de campanha de, até o fim de seu governo, ampliar a isenção para todos e todas que recebem até R$ 5 mil. Disse, ainda, que o governo estuda acabar com o pagamento de Imposto de Renda pelos trabalhadores para sua participação nos lucros e resultados (PLR) das empresas: “Depois de um pedido das centrais, começamos a estudar se o patrão não paga Imposto de Renda sobre o lucro e sobre os dividendos que ele recebe, por que os trabalhadores têm de pagar imposto no PLR?”, questionou.

Com informações da CUT/RS e da Folha de S. Paulo.