A equipe econômica, chefiada por Paulo Guedes, está mirando mais uma vez em servidores e servidoras para cortar gordura . E uma das propostas em estudo é suspender o pagamento de vale-alimentação de quem ganha mais de três salários mínimos.
A economia iria para o financiamento do programa social que o governo deve implementar em substituição ao Bolsa Família. Com o argumento de Jair Bolsonaro (sem partido) de que não dá para tirar do pobre para dar ao paupérrimo , os defensores de corte de gastos avaliam que há espaço para reduzir custos com o funcionalismo. Isso inclui o auxílio-alimentação, que representa um custo de R$ 4,3 bilhões, somando os três poderes da União. Uma das ideias que circularam é suspender o auxílio para quem ganha acima de três salários mínimos, ou seja, R$ 3.135,00.
Como tem feito desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro e sua equipe, novamente, falseiam a realidade e colocam o funcionalismo em oposição aos investimentos. Desta vez, como empecilho para um programa de renda à parcela mais vulnerável da população, que é a mais atingida pela pandemia do novo coronavírus e pela precarização do emprego (aliás, defendida por Bolsonaro). A proposta foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo poucos dias após o governo, depois de receber muitas críticas, voltar atrás na ideia de congelar as aposentadorias para custear o mesmo programa.
Na proposta de orçamento para 2021, Jair Bolsonaro (sem partido) não mostrou estar preocupado com áreas essenciais, justamente as que atendem os pobres e paupérrimos por ele citados. Exemplo disso é que o governo quer diminuir as verbas da saúde (menos 8,61%) e da educação (menos 12,13%) e aumentar o dinheiro para os militares em 16,16%.
Sintrajufe/RS, com informação de O Estado de S. Paulo.