Em um mesmo dia, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), colecionou uma sequência de impropérios. Quebrando um breve período de amenização do discurso, o presidente comemorou, pela manhã, a morte de uma pessoa que fazia parte dos testes de uma vacina contra a covid-19 e acabou o dia ameaçando o recém-eleito presidente norte-americano com “pólvora”.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no dia anterior, voltou a defender a aprovação imediata da proposta de emenda à Constituição 186/2019, conhecida como PEC Emergencial. A proposta permite reduzir os salários dos servidores públicos em até 25%, entre outras medidas.
A declaração de Maia foi dada em live promovida pelo jornal Valor Econômico. Maia disse que, por conta das dificuldades de articulação com o governo e dentro do próprio Congresso, estamos caminhando a passos largos para o precipício . A solução, para ele, é acelerar as reformas como forma de mostrar ao mercado a capacidade de quitar ou rolar os títulos da dívida sob pena, segundo ele de que o Brasil explode em janeiro com o “dólar a R$ 7” sem a votação das matérias.
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A aprovação dessas reformas, entre elas a PEC 32/2020 da reforma administrativa, é uma obstinação de Maia. Por sua vez Bolsonaro dá sinais de que tem outras prioridades no momento, em que pese seu ministro da Economia, Paulo Guedes, lamentar não ter conseguido levar seu programa de privatizações até o fim e, por decreto, seu governo ter tentado entregar as unidades básicas de saúde para o setor privado. Enquanto isso a crise social segue crescendo, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no auge da pandemia 40% dos trabalhadores informais perderam seus empregos. O fim do auxílio emergencial só agrava a situação da população.
“Fora, governo Bolsonaro”, afirma resolução aprovada por unanimidade
Aprovada em assembleia geral da categoria, a resolução apresentada pela direção do Sintrajufe/RS continua atual: (…), os servidores e servidoras, reunidos em assembleia geral no dia 17/08/2020, decidem se somar às diversas entidades do movimento sindical e social, organizações da sociedade civil, intelectuais, juristas, artistas e partidos que se colocam na luta por medidas que ponham fim ao governo Bolsonaro o quanto antes, que deem ao povo brasileiro a chance de construir um Brasil inclusivo, com direitos civis, sociais e humanos garantidos , conclui a resolução.
Leia AQUI a resolução.